terça-feira, 31 de agosto de 2010

Caos Eclesiástico: Para onde caminha a Igreja ( Parte 1)

Diante de um tempo muito sincretista e aparentemente mais tolerante, as fases religiosas do mundo parecem ir no sentido oposto. Impiedosamente o discurso separatista e as facções dentro de um mesmo grupo pode ser visto dentro de denominações ditas históricas. As posturas teológicas deixam de ser uma marca, passam então a ser simplesmente um elo que independe de credulidade.

Genuinamente não existe unicidade e sim multiplicidade de idéias, e a pergunta é: onde tudo isto vai dar? Parece que alguns caminhos se abrem no horizonte, o primeiro é a demonstração de que as denominações não estão prontas para lidar com pensamentos discrepantes e nem a dialogar suas verdades de uma forma questionadora. O regime de confissão de fé ficou tão petrificado, que bíblia e confissão de fé são colocadas no mesmo nível. Não podendo nem ser questionada. O segundo caminho é a fragmentação denominacional, entidades deixam sua unidade de fé para o lado e começam a ser guiadas para diversos caminhos, sem haver preocupação com a identidade do grupo. Este ou aquele grupo não poderá ser visto como um todo e sim nas suas partes, o rótulo denominacional ficará cada vez mais difícil.

A fragmentação do discurso bíblico em aplicações fora de seus contextos geram cada vez mais heresias, gerando assim uma geração adepta ao discurso da aceitação pelo amor e não pelas ditas "barreiras que nos separam". Questões importantes a luz da palavra são tratadas de forma simples e se descarta qualquer possibilidade de confronto. Para onde caminha a Igreja de nosso tempo? Com toda certeza do mundo a Igreja está longe de ser o ideal de Cristo e mais próxima de ser um covil de homens manipuladores. Enquanto há tempo, os pastores vocacionados devem se manifestar em favor da dignidade cristã. Durante está década cantamos louvores tão medíocres que nem são merecedores deste título. Mudamos tanto a liturgia que nos cultos de maior valor popular vendemos a consciência cristã por uma dúzia de aplausos e afagos.

Geração da hipocrisia opta por esconder-se atrás de palavras deterministas, gerando crentes doentes em seu espírito pois nunca ouviram falar de Cristo (do Cristo da palavra), a moralidade cristã é banida dos sermões, a santidade é abolida da boca dos mensageiros. Fazemos feiras, montamos lindos painéis de propagandas, geramos programação para alegrar os membros, mas, não fazemos nada para por o pecado fora do corpo de Cristo. Me entenda bem, a igreja está doente de dentro para fora é como uma infecção purulenta. Começa do púlpito, passa pelos membros e atinge a visão que o mundo tem de nós.