quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Cruz, credo e profissões de fé: porque tantos cristãos ignoram?

É comum em nosso vermos cristãos que não sabem de onde vieram, no que creem e porque creem. Isto é uma síndrome da ignorância como benção, desconhecendo o desconhecido eu me limito a pensar o que todos pensam, a crer como todos creem e a superficialidade toma conta da vida crista, tanto histórica, como teologicamente. Via de regra a maioria das denominações ignoram as confissões de fé históricas, tudo por achar que a consciência popularesca é chegada a cruel miséria intelectual.

As profissões de fé quando existem são tão genéricas e somente afirmam o óbvio e deixam qualquer postura mais concreta para serem tomadas no momento em que os problemas surgirem. Os credos não são estudados e esmiuçados, os pastores se contentam em pregar o que o povo quer ouvir. Tudo em bom tom para agradar a todos e assim se tornar mais carismático e atrativo para o mundo. Através então de uma análise social e não bíblica, tomamos novos rumos, estabelecemos novas práticas e até revogamos a crença em pontos centrais das escrituras.

Para nós que cremos nas escrituras como fonte máxima de padrão para a vida do crente a confissão de fé tem finalidade de expor o que cremos, o credo de ordenar de forma direta e objetiva, sendo então uma síntese teológica. Cada qual com sua finalidade. Para nós o centro do evangelho é a cruz de Cristo, e não o véu, a arca, o tabernáculo ou qualquer outra figura do culto no antigo testamento que só serviram até Cristo. A religiosidade contemporânea nos faz resgatar tais símbolos, porque humanamente é melhor crer em objetos, demonstrar fé no que é visível, ao invés de crer no que não se ve e nem se apalpa.

Devemos manter a integridade bíblico-teológica, não pelo fato de ostentação e sim de graça. Inteligencia interpretativa foi dada para ser usada. Não ignoremos os textos bíblicos por serem eles contra posturas pessoais, que mudem as nossas posturas e não os textos. Que confessemos o que cremos, e se nos desviarmos em algum momento da sã doutrina, que Deus pela sua infinita graça, intervenha e nos traga de volta a compreensão do texto.


CONCEITO DE AVIVAMENTO.

Na sociedade cristã brasileira o sentido de avivamento ficou perdido em meio a neurose dos gritos, arrepios e rodopios em nome de Deus. Levando em consideração que muitos são atraídos por poder e isto não somente nos meios cristãos, os pregadores apelam para as soluções imediatas de problemas via distribuição de unção para cada problema individual. Dizendo isto ser o verdadeiro evangelho de atos dos apóstolos, a igreja de PODER, SINAIS E MARAVILHAS.

Seria isto então avivamento? A resposta é: lógico que não. Uffa! Você deve der dito, pois a sua igreja não está entre as que se encontram ocultas no primeiro paragrafo. Pois bem, as escrituras nos revela que avivamento é ação de Deus, através da pessoa do Espírito Santo para provocar no coração do perdido arrependimento salvífico. Então avivamento tem base no encontro com Cristo e pode ocorrer localmente, ou seja, na igreja local. Ministérios locais provam avivamento em momentos cruciais, onde a sociedade ao redor é impactada pela palavra, e a igreja é vista em todo o redor e conhecida pelo temor a Deus.

O povo de Deus em meio ao avivamento tambem é despertado a santidade, a uma vida cristã piedosa, a leitura bíblica e a sede de Deus permeia o seu ser. O que temos visto no Brasil é a verdadeira falsa religiosidade pluralista que mistura ao evangelho pitadas de Catolicismo, Religiões Afros e um pouco de evangelho, bate tudo e serve como sendo instrução bíblica. A inversão bíblica é que o povo corre para beber do modismo, da cisterna rota, dos ensinos pueris.

Quero que ao pensar sobre avivamento, pensemos em vida entregue a Cristo, testemunho de vida, piedade, renuncia, devoção. Você enxerga isto em sua igreja? Caso a resposta seja não, é muito provável que a sua Igreja não seja a de Cristo e sim a do Povo, a do entreterimento, da descontracção, do discurso hipócrita onde a vida não acompanha o discurso. A sede por Deus nos faz ver a bom tempo onde erramos e voltemos para Ele. Avivamento é conversão !!! Ainda há tempo de fugirmos do perigoso caminho da sedução e entrarmos no caminho de vida e paz. Que o Senhor esteja conosco, e este tempo de avivamento alcance a nossa igreja, provocando assim restauração ao verdadeiro evangelho.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

CONSIDERAÇÕES AMILENISTAS.

Certa vez em sala de aula um aluno de teologia sistemática influenciado pelos conceitos pré-milenista disse: "a postura amilenista cheira a liberalismo", ele estava enganado. Não existe algo mais bíblico que o amilenismo pois esta postura resolve as questões teológicas para a maioria dos pensadores cristãos, tais como: Agostinho, Lutero, Calvino, Bavinck e Berkhof. O amilenismo é a postura que afirma o milenio como o espaço de tempo entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, não sendo assim um tempo posterior a sua vinda em um governo terreno. Ser Amilenista é olhar para Apocalipse como figurativo e seus textos não são sequencias. O tempo presente é o aprisionamento de Satanás onde sua restrição é não vencer a Igreja de Cristo, as portas do inferno não prevalecem sobre a igreja, e aquele que é de Cristo o maligno não lhe toca.

O amilenismo é ortodoxo e não liberal. O conceito de viver em uma nova terra é bíblico. A vinda de Cristo é certa e a separação de eleitos e reprovados é inevitável. Não há um entendimento mais bíblico e mais coerente para a compreensão escatológica no pré e pós milenismo e sim no amilenismo, onde as regras hermenêuticas não são ignoradas e os textos bíblicos não são sujeitos a nossa vontade interpretativa e sim são verdades pulsantes do Espírito para os Salvos. Se você é amilenista é provável que esteja decepcionado com a maioria das práticas eclesiásticas que tratam Satanás como força soberana contrária a Deus, e assim veem de forma distorcida o conceito de batalha espiritual. Todas as hostes malignas não podem ir além da vontade soberana, do único soberano do universo - Deus.

A neurose coletiva evangélica de luta contra inimigos terrenos e celestiais nos leva a lutar usando ferramentas mais malignas que os próprios dardos de satanás. Creia que a vontade do Senhor se cumprirá sobre a terra e a nós cabe dizer como no pai nosso "seja feita a Sua vontade". Não lutamos contra Deus, não somos obstáculos impeditivos a realização de Seus planos, somos parte de Seu querer. Só somos D'Ele porque Ele nos escolheu antes da fundação do mundo para sermos vasos de honra.