"Ensina a criança no caminho que deve andar, e ainda
quando for velha, não se desviará
dele." Provérbios 22:6.
Diante de dias hedônicos, homens e mulheres constituem lares
para si e por si. Esquecendo-se da verdadeira razão para a construção de uma
família. O motivo é uma obediência a Deus irrestrita, que coloca nossos valores
humanos corruptos, diante da Sua Santidade absoluta.
Geramos então uma relação matrimonial com frutos (filhos)
que deveriam ser criados conforme as ordens Divina para a educação. Mas, ao
invés disso, optamos por uma criação sem planejamento, sem princípios e sem
maturidade na fé Cristã. Sendo assim o que temos é um lar fragilizado pelo
pragmatismo, seduzido e alicerçado em relação ao prazer e ao desejo (hedônica).
O texto de provérbios nos coloca diante de valores que não
podemos deixar de fora na relação pais e filhos. Ou somos uma família que guia
a educação dos filhos nos princípios de Deus ou a frustração na relação será
decorrente de tal omissão.
Quero aqui destacar dois conflitos quando não praticamos os
princípios das escrituras.
1. Princípio na correção, mas, não na criação.
Este erro é o mais comum diante de um cristianismo
pragmático. Evocamos o direito de corrigir e para tal mencionamos textos que
nos confortam o coração na hora da exortação e disciplina, mas, não criamos os
filhos conforme estes mesmos princípios.
Acabamos então ferindo o que o próprio Deus nos ordenou,
"Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as
inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te." Deuteronômio 6: 6-7. Ferimos
por causa de nossa vida relapsa em viver tais princípios e ferimos ao não
ensinar de forma sistemática, contínua e intencional aos nosso filhos.
Não somos chamados para disciplinar os nossos filhos pelas
escrituras sem que estes princípios tenham sido claramente ensinado a eles. O
erro nessa tarefa se dá por causa de nossos valores que utilizam coisas e
pessoas que sirvam aos nossos interesses. E fazemos a mesma coisa com a palavra
de Deus. A utilizamos não quando um de seus princípios são feridos e sim quando
o nosso ego ou a nossa imagem é ferida. Não criamos nossos filhos para a
compreensão da honra e sim para que façam a nossa vontade. Confundimos
autoridade paterna e materna com autoritarismo.
A nossa vida com Deus e com sua palavra será a primeira
carta que nossos filhos irão ler, e conforme o modelo que irão viver. Muito do
que eles fazem é parte de uma rebelião contra Deus e sua palavra, outra parte é
contra a autoridade dos pais e isto deve ser tratado a luz das escrituras para
que a correção possa trazê-lo de volta a sensatez.
2. Caminhar com, ensinar no.
A outra falha acontece quando não entendemos a importância
de ensinar no caminho. Isso implica em algumas etapas que precedem qualquer
disciplina desmedida. No processo de criação é necessário gastar tempo para
caminhar com o filho. Normalmente criamos nossos filhos para caminhar sozinhos
em um processo maligno de autonomia precoce. Devemos nos lembrar que os filhos
aprendem conosco durante a caminhada. Não devemos deixar nossos filhos ausentes
de nossa presença, de nossa participação em sua vida e nem da participação dele
em nossas vidas. É com o pai que o filho ou filha irá aprender como respeitar e
amar a mãe. Verá seu comportamento ético para com os negócios. Presenciará sua
vida devocional de amor e relacionamento com Deus.
Ensinar no, significa que a caminhada é proposital e trará a
luz erros do filho e dos pais, mas no processo de ensino o filho verá quais são
os referenciais de vida que guiam seus pais. O que os leva ao arrependimento e
como eles lidam com as seduções e tentações do maligno. A caminhada não pode
estar isolada do ensino. Os pais devem sempre atentar para o ensino onde se
mostra como fazer, depois, supervisionar o filho em um processo de autonomia
progressiva e por fim dar a ele a responsabilidade de caminhar com os
princípios aprendidos. Mostre ao filho que a autonomia dos pais não lhe dá o
direito a quebrar os valores de Deus, pois, diante de Deus e de sua palavra a
nossa atitude nunca deve ser de autonomia e sim de subordinação.
Conclusão.
Nós como pais nunca seremos o padrão de perfeição e sim
refletiremos uma vida de obediência e relacionamento com Deus, onde os padrões
divinos são o alvo e o arrependimento uma constante na vida daquele que entende
seus pecados diante da santidade de Deus. Quando criamos nossos filhos nessa
relação conosco e com Deus, os ensinaremos a amor o Evangelho, a viver para a
glória de Deus. Todos os problemas provocados e vivenciados nesta relação devem
ser confessados e restaurados. Nunca omitam de seu filho os valores de Deus, o
que Deus pensa o que Deus diz. Ainda que ele venha a se rebelar contra esses
valores, não omita nenhuma vírgula do que Deus tem como princípio.