segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Breve Panorama de Missões na Perspectiva Reformada (Parte II).

             


                                      Vamos então abordar os pontos anteriormente falados.
1.       A missão é temporal.
Toda missão dura até que Deus ponha a cabo seu plano redentivo e sua obra seja consumada e seu reino estabelecido.  A missão da igreja é sempre derivada e nunca supra. Nossa missão como corpo de Cristo deve sempre estar em consonância com sua vontade. Sendo assim a missão nasce nos propósitos eternos de Deus como o meio pela qual o mundo conhecera a revelação dada por Ele.
A está missão temporal cabe:
1.1. Ser submissa ao seu Senhor.
Não há missão genuinamente cristã quando essa caminha em direção antagônica a de Deus. Toda a capacitação dada no pentecoste para que a igreja seja testemunha a partir de Jerusalém, só encontra real propósito quando essa se coloca em seu devido lugar, de serva de Cristo.  Em ser submissa a igreja reconhece que não consegue andar por si só, ela necessita do sustento diário de seu Senhor. A igreja também reconhece que não direciona seus próprios passos, ela, é  usada por Deus segundo seu soberano propósito, a fazendo ir onde quer que Ele deseje.

Não é incomum no campo missionário encontrarmos missionários frustrados por não atingir seu objetivo de entrada em alguma nação, para a qual ele se dedicou anos e construiu todo um projeto. Na verdade a frustração é humanamente compreensível, mas, não cabe a nós guiarmos nossos próprios passos. Deus usa o que Ele quer para nos levar ao lugar onde Ele quer que estejamos. Um exemplo disso é: Deus pode usar um imenso amor a África que um determinado cristão tem, para o despertar a causa missionária, mas, ele pode nunca pisar seus pés na África. Cabendo a Deus frustrar os planos humanos e nos levando a cumprir nosso chamado em qualquer lugar onde estejamos.

Em suma, a Igreja reconhece a autoridade Divina como condutora de suas ações e se move na direção da chamada de seu Senhor. Não havendo prazer maior do que servir com zelo e entendimento ao Deus que tudo realiza em nós, através de nós e apesar de nós. Nossa visão limitada não frustrará os planos de Deus, mas, Deus pode frustrar nossos sonhos e projetos para nos fazer submissos inteiramente ao seu querer.
1.2. Manifestar a reconciliação pelo sangue do Cordeiro nesse tempo.
A questão do tempo é fundamental para o entendimento da Missão como Temporal. Com isso estamos dizendo que a Missão Proclamatória das obras de Cristo e a salvação exclusiva por sua graça, tem um tempo determinado. Os discípulos receberam do Senhor a missão, mas no texto de Atos 1:11 eles foram alertados: “... Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes subir.” A volta de Cristo tem seu tempo determinado e entre sua primeira vinda e sua segunda vinda a igreja inicia sua jornada de caminhar com Cristo, levando outros ao conhecimento de Cristo para que os que o Pai chamou venham a reconciliação pelo seu sacrifício vicário (sangue).

O evangelho então deve ser anunciado até que, Ele venha. Mas, não devemos proclamar qualquer evangelho e sim o evangelho da reconciliação. É necessário nesse tempo tão influenciado pelo humanismo, e não digo isso, somente fora dos ditames eclesiásticos, mas, principalmente para dentro das estruturas denominacionais. Estes estão cegamente acreditando que o homem controla a vinda de Cristo através de sua ação ou de sua omissão.
1.3. Pregar fielmente o evangelho.

A questão não é simplesmente proclamatória de qualquer forma, jeito e conteúdo. Nesta tarefa missional o mundo deve saber sobre o verdadeiro evangelho. Pregar o evangelho todo de forma que o homem possa compreende-lo. Caso haja conversão, que haja conversão ao verdadeiro evangelho e a totalidade do evangelho, se não houver conversão que haja condenação mediante o entendimento e a negação da mensagem genuína do evangelho.

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