sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Para onde iremos?

As palavras ditas por Pedro a Cristo em João 6:68 nos faz olhar para a Igreja na sua prática atual e lamentar que muitos estão a busca de um "outro evangelho" que agrade os seus ouvidos, construindo para si bezerros de ouro para serem adorados e venerados. O evangelho na sua essência é Cristocentrico e não antropocêntrico, mas este é um mal não tão moderno assim, pois esta inovação de pensamento que tira o sagrado de lado e ve a humanidade como fruto de suas próprias construções e não de um plano soberano de Deus, remonta ao século XIV (lógico que veremos lampejos deste tipo de pensamento, anterior a esta data). A "igreja" que se afasta de Cristo perde o centro da vida e deixa de ser Igreja. Passando a ser um conglomerado de vidas perdidas que sem noção de arrependimento e cruz, buscam qualquer forma de culto que lhes agrade, fornecendo momentos de descontração e alegria, mas, sem salvação.

Neste meio de igrejas antropocêntricas se encontra a verdadeira igreja de Cristo que volta e meia é chamada de radical, acusada de biblicismo e de mentes fechadas. Sabedores que nosso chamado tem haver com prestar a Deus um culto que lhe agrade, não estruturamos nossa liturgia no acaso do nosso tempo e sim em parâmetros da palavra. Criar algo novo, transformar o culto em diversão não é prestar culto a Deus é prestar culto ao homem. A palavra deve ser a unica fonte de revelação da igreja, dar visão a pseudo ministérios que se dizem portadores de novas revelações é ignorar a ação completa e plena da palavra para toda a vida do homem.

Tenho convivido com "ministros" de diversos ministérios e tenho observado a sede pelo sucesso ministerial baseado no tamanho e nas finanças de suas igrejas, tornando tais homens obcecado por qualquer modelo que apresente algo como um macarrão instantâneo, que não necessite de entrega e sim de modelos baseados em novas revelações. Obcecados por dinheiro e crescimento a igreja tem ignorado o agir do Espírito que da o crescimento, fazendo para si mesmo modelos com ações desastrosas, supersticiosas e etc. Não devemos esquecer que a seara não é nossa, que a colheita não acontece ao nosso tempo, que o agir de convencimento é algo divino e não humano. Parece tão simples, mas, muitos tem perdido a essência do Cristianismo.

Líderes, religiosos e conversos tem caminhado em direção contrária aos valores divinos. Posturas radicalmente bíblicas são menos empolgantes que louvores estridentes e cheios de símbolos transitórios, o jogo da religiosidade transformou os templos em lugar de neurose coletiva. Pouco há de evangelho no "evangelho" proclamado para atrair multidões. Encontro em Cristo o verdadeiro discurso que atraiu a multidão, mas, eles estavam com razões incorretas para segui-lo, e Cristo então os desafia a mudar as razões de sua peregrinação e este discurso que confronta trouxe abandono, pois não agradou o senso coletivo. Que a igreja de Cristo permaneça neste caminho, atraindo a todos e expondo a todos as verdades do evangelho, pois se alguém se perder por causa das verdades é por não ter parte com Cristo.