segunda-feira, 27 de junho de 2011

Onde está a igreja sem mácula?



Gostaria de abordar esta questão com foco na Igreja local. Diante da crise ministerial e de santidade o povo que frequenta a igreja não encontra nos púlpitos e nem no gabinete o apoio para uma vida cristã saudável. Parece que o tempo mudou os interesses de ministros, onde antes havia uma cobrança pessoal pelo testemunho cristão de cada crente, agora da lugar para o mundanismo. Diante das referências bíblicas como o salmo 1 que ordena o não se assentar na roda dos escarnecedores; os programas geralmente globais que atacam os princípios cristãos com valores permissivos, fazem o favor de por dentro do lar de cristãos comportamentos não aceitos a luz da palavra. O que geralmente presenciamos no acompanhamento pastoral são crentes idolatras, adúlteros, fornicadores, corruptos, desonestos, fraudulentos, vingativos e crédulo em um Deus que os serve em suas necessidades materialista.


Em I Tessalonicenses 4:7 o apóstolo Paulo adverte a igreja dizendo: "porque Deus não nos chamou para a impureza..." a igreja não pode deixar a impureza que é fruto das paixões carnais tomar conta da congregação. Só existe um caminho para tornar a igreja sem mácula, é o que está em Josué 3:5 "...Santifiquem-se, pois amanhã o Senhor fará maravilhas entre vocês." A santidade e a vida em novidade de vida é o único caminho para se manter fora do domínio do pecado. Algumas peculiaridades da santidade nos da condições maiores para lidar com as tentações e assim evitar a queda.


1. A santidade nos faz caminhar em vida congregacional constante e estável - todo aquele que nasce de novo não tem uma visão sobre o templo como centro da sua vida cristã, mas não o despreza como elemento edificante e importante na sua relação com outros cristãos e com as autoridades espirituais que forão por Deus estabelecidas.


2. Uma vida santa sempre é acompanhada de leitura devocional da palavra - João 1:17 "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade"; os nutrientes essenciais para o desenvolvimento espiritual do crente procede da palavra revelada. Quanto mais nos dedicamos a sua leitura, melhor entendemos a vontade de Deus e as formas de viver que agrada seu coração. Somos mais advertidos sobre as nossas práticas e mudamos por entender que sua palavra é verdadeira luz para o nosso caminhar.


3. A santidade provoca em nós uma vigilância muito maior com o nosso viver diário -não somos mais reflexos do ditado popular que afirma: "a situação faz o ladrão", somos convidados a ter a mesma prática de José que deixou a sua roupa e fugiu da tentação, levou o peso de ser condenado por ter feito a coisa certa, pois o seu senhor acreditou mais em sua mulher. José é um exemplo de como nós homens devemos lidar com as mais duras tentações e provações da vida.


4. Oramos e jejuamos com maior intensidade quando estamos em busca de vida espiritual que procede do alto.




No comportamento atual vejo algo muito próximo a apostasia do cristianismo e o surgimento de outro fenomeno chamado de plágio religioso. Neste momento surge algo muito similar a verdade, muito agradável as paixões carnais do homem. O pecado é afagado, os líderes conhecem tal prática e não se da ao trabalho de trata-lá de forma bíblica. Não seja assim conosco, cf. o salmo 14 líderes e o povo estavam em meio a corrupção, mas Deus os convoca a uma mudança de direção. A igreja de Cristo não pode ter medo de tratar o pecado e o pecador, a omissão enfraquece a congregação e os líderes. Espiritualmente somos medíocres e não amamos a Deus a que preço for. Não se acovarde diante do poder humano, diante de ameaça dos pecadores, não fique com medo de perder um membro da igreja. Fique feliz por estar em obediência ao Senhor que o chamou, trate o povo de Deus como ovelhas que necessitam ser defendidas dos lobos e dos ladrões.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Dilemas pastorais de nosso tempo.

Na expectativa de um ministério frutífero muitos ministros tem apoiado a lei do "vale tudo para atrair pessoas", outros adotam posturas muito similares as religiões afros, com invocações, amarrações, descarregos e coisas do gênero. A multidão ao redor formada por pessoas crédulas em homens e com alguma sede de mudança espiritual encontram nestes ministros respostas práticas para a suas angústias, sofrimentos e lamentações. O maior equivoco entretanto mora na forma estrutural deste fenômeno religioso, pois a sua base está o próprio homem e não Cristo. De outro lado encontra-se ministros também preocupados com seus ministérios, mas que não abrem mão da vontade de Deus, sacrificam suas vidas, suas vontades e desejos para realizar em obediência a missão para a qual foram chamados. Estes lutam por uma estrutura onde o centro da história é a graça de Deus na história da redenção.






O que fazer nestes tempos? Trocar os valores bíblicos por resultados imediatos? Tomar o caminho de ignorar os resultados e apoiar o seu possível insucesso culpando as pessoas? Bom, o dilema esta diante de nossos olhos, reflitamos em quatro pontos que o Senhor Jesus apontou sobre a nossa tarefa pastoral. O primeiro momento está ligado aos elementos essenciais no inicio da jornada ministerial, quando colocamos os valores certos e seguimos na direção da verdade que liberta, mostramos ao mundo que a resposta não somos nós e sim o Senhor que pregramos. A mensagem então não é venham a mim e sim Venham a Cristo.




O segundo momento é como brincar de montar os trilhos do velho ferrorama, devemos colocar as escrituras diante de nossos olhos e olhar para o Senhor nela revelado, para o seu ministério entre os homens. Cristo foi o espelho do que nós como seus servos devemos ser. Muitas vezes olhamos mais para as nossas habilidades adquiridas junto ao mundo acadêmicos do que para as mãos benevolentes de nosso Senhor. Não devemos ignorar que ambas são necessárias, mas não adiante ser um intelectual sem compromisso com o Senhor da ceifa. O terceiro momento eu o chamaria de ministério das pequenas coisas, é como construir olhando para os detalhes, valorizando desde a fundação até o acabamento. Na prática pastoral chamamos este momento visão global. Pastorear é olhar para a direção na qual a igreja deve ir e não simplesmente andar nas ondas agitadas na direção que a sorte lançar, é dirigir a congregação para seu encontro final com o Redentor. O quarto momento é aceitar que o Senhor pode mudar as gerações dos homens, pode mudar os pensamentos dos homens mas não pode mudar a sua palavra pois segundo Ele mesmo determinou, Ela dura para sempre (permanece). Ele que pode todas as coisas nos dá a segurança que as suas verdades não mudaram.




E é neste sentido que devemos pensar a igreja, ela deve ser na forma que permanece, e esta forma não é a criatividade pastoral que fará ser e sim a palavra revelada. Não podemos inserir no evangelho aquilo que Cristo deixou de fora. Produzir frutos nunca deve ser uma escolha em detrimento a mensagem integral de reconciliação, redenção e esperança para o homem perdido. Quanto mais olharmos para o alto, acertaremos no objetivo de entregar a Cristo muitos frutos digno de ser chamado igreja. A igreja reformada nunca deve reformar as verdades reveladas nem alterar a simplicidade do evangelho, ela deve permanecer assim como o Senhor a deixou. Busquemos multiplicar vidas sabendo que nesta obra o Espírito Santo coopera conosco operando no coração para que a salvação seja manifesta.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Perspectiva do Culto Cristão.


Entre os últimos trinta anos passados vimos no Brasil um fenômeno religioso aplicado a liturgia cristã que não mais é guiada pela palavra e sim movida a gosto popular. Comumente os cultos ganharam mais espaço para a música e menos espaço para a palavra, estas músicas que foram inseridas na hinódia cristã nada mais é que fruto do desvio doutrinário, de uma leitura cega do antigo testamento e tem o simples intuito de provocar euforia, empolgação e quem sabe alguma emoção "espiritual". As programações do culto deixaram de ser feitas em nome da liberdade do Espírito Santo, pois a organização segundo eles é algo frio. É rara as vezes que chegamos a um culto e somos abordados com um jornal semanal onde entre outras coisas, esta lá o esboço do sermão a ser pregado. A desestrutura liturgica do culto não é um privilégio dos movimentos mais recentes pois entre as igreja históricas o fenômeno se repete.



Convido você a pensar o culto cristão nas três dimensões que ele envolve e estas três dimensões em uma ordem bíblica:



1. Culto a Deus (teocêntrico) - o culto não é para o homem, a programação não deve ser antropocêntrica. Olhar para o culto como parte fundamental da minha adoração pode fazer toda a diferença na hora de realizar e organizar a liturgia. A pergunta que aqui se cabe é: Para quem é o culto? A quem ele é ofertado? Se a resposta é a Deus então devemos buscar formas que o próprio Deus se agrade para adorá-lo. A busca não pode ser nos elementos pulsantes do meu coração, nem na minha instabilidade emocional e sim na palavra que é o segundo ponto.



2. Culto estruturado na palavra - A palavra como revelação de Deus traz informações essenciais para a liturgia pois nela temos o modelo histórico dos primeiros momentos da adoração no templo de Israel (culto transitório) e em segundo momento o fim deste modelo para a implementação do modelo cristão conforme Hebreus demonstra. Quando não entendemos as etapas do culto cristão começamos a trazer modelos que são estranhos a nossa confissão de fé. Um culto não deve ser atual nem retrogada, tem que ser bíblico.



3. Culto prestado por verdadeiro adoradores - Deus é adorado por pessoas que confessam seu senhorio e buscam uma vida de intimidade com Ele. Não existe adoração carnal ofertada a Deus pois ela constitui elementos que o Senhor rejeita pois não se baseia na fé e na santidade. O verdadeiro adorador participa do culto de forma ativa e contemplativa, a igreja necessita de membros participativos para os momentos onde individualmente ofertamos a Deus nossos dons, talentos e vocação. Devemos responder aos apelos da palavra com um coração quebrantado e não simplemeste com emoções vazias que não causam mudança, pois a maior mudança passa por uma forma diferente de pensar pois crer é pensar.


Ofereçamos um culto onde verdadeiramente Cristo seja o centro, não podemos inverter a prioridade dos nossos cultos. Amar as pessoas, pregar o evangelho, fazer programações evangelisticas e outros, deve ser uma faceta da nossa obediencia ao comissionar de Cristo. Trabalhar na obra cristã ou dela participar é uma honra. O culto cristão deve ser vivo pois Cristo vivo esta e anelantemente devemos esperar o dia de sua vinda para buscar seu povo, para a vida plena em seu reino. Se amamos cultuar a Deus, amaremos a eternidade como ato de adoração contínua. Adore, celebre, glorifique e utilize toda a força que há em ti para o louvor a Deus.

sábado, 21 de maio de 2011

PERIGOS A FÉ REFORMADA.










As Escrituras afirmam a necessidade de um compromisso com Deus, com seu povo e com a igreja local. A cada ano menos convicção para congregar e lutar pela sã doutrina e mais relativismo e uma religião baseado em gosto, vontades e sentimentos. Nas fronteiras das denominações reformadas a prática relativista e uma religião voltada para o sentimento tem se alastrado, apontando para uma direção que muitas vezes parece ser irreversível. A luta pela sã doutrina parece inútil e muitas vezes é compreendido como um discurso agressivo e sem nenhuma compaixão. Lógico que não era assim na época apostólica, pois os confrontos com os cristãos incontidos em suas paixões carnais e na falsa religião era combatido com palavras e orientações muito claras a igreja local. As lutas doutrinárias com os gnósticos era tratada como um ataque a ortodoxia cristã, uma ameaça a fé. Porque a geração apóstilica era compreendida pela igreja e a geração dos apologetas de nosso tempo é tão incompreendida?




Isto acontece por um motivo básico, somos atacados pela relatividade religiosa que tira a credulidade em uma verdade central e abre as portas para várias doutrinas e muitas verdades. As escrituras fala de uma verdade, a verdade que liberta. A nossa fé tem sido atacada no seu alicerce e com isto temos perdido o empenho para combater as estranhesas que se levantam contra a fé cristã. Existe um espirito de falsa pacificação que multiplica a linguagem sincretista. O mundo e seus desafios a crença cristã só acentuam os desafios para a igreja postular-se como um grupo sem mácula. Somos tendado a cada dia em deixar de lado o discurso exortativo e a pregar a verdade somente para o nosso rebanho, tudo isto por ignorarmos que o mundo é o nosso maior desafio. Não dá para crer sem expor a crença, não tem como deixar uma mensagem travestida de evangelho se alastar sem combater e expor seus erros e seu engano. Não podemos ser amedrontados pelo discurso libertino, interesseiro, exploratório e desviado de qualquer interesse na glória de Deus. A igreja tem que mostrar a sua verdadeira cara, ainda que isto custe ser a minoria religiosa do mundo contemporâneo. Ser entendido como intolerante e inimigo da diversidade.



Diante destes desafios devemos fortalecer dois fundamentos de nossa fé para não perdermos nosso sabor:



1. Fortalecer a pregação expositiva da palavra em uma linguagem que atenda o perfil de nossos ouvintes. Neste ponto temos pecado muito, pois tornamos a pregação elitizada em seu conteúdo, voltando a mensagem para aqueles que tenham um vocabulário acadêmico e nos interessando somente por esta faixa da população. A mensagem necessita ser compartilhada e entendida, falar a linguagem do povo não é criar algum fundamento fora das escrituras, mas, torna-lá de facil compreensão. A igreja em seu papel educador deve levar a todos, em todos os lugares e a todas as classes sociais a pregação genuína das escrituras. Facilmente atribuimos o insucesso de uma igreja reformada em uma região mais carente ao povo. O povo estaria mais interessado no discurso apelativo, simplório e místico dos movimentos pentecostais. Devemos considerar outro aspecto, a igreja se faz presente com seu templo mas não com seu coração. Devemos amar para compartilhar de uma forma viva a mensagem de Cristo, devemos usar de autoridade para influenciar e mudar a realidade todal do ser humano. A igreja reformada deve estar presente em todas as classes sociais de nossa nação. A visão social calvinista deve favorecer nossa influencia dentro desta realidade pois ela é tão abrangente que todas as áreas da igreja não deve ficar somente voltada para seus membros e sim para o mundo que a rodeia.



2. Defender os valores morais que delimitam a santidade cristã. Cada vez mais escândalos tem sido exposto sobre líderes, igrejas e seus membros. No ambiente politico denúncias e fatos que apontam o envolvimento de cristãos com a corrupção, empressários cristãos que sonegam seus impostos justificando seu ato em cima da alta carga tributária do país e famílias cristãs sendo envolvidas em divórcios, violência doméstica, namorados com relação pré-nupcial. A santidada cristã deve envolver uma forma rígida de lidar com a disciplina eclesiástica e neste ponto somos tentados a deixar o pecado para debaixo do tapete. Varremos nossos erros e escondemos os escrementos mal cheirosos para não denuncia-los e trata-los de uma forma bíblica. A igreja perde a autoridade de seu discurso quando ignora erros, acaricia pecadores não arrependidos e volta-se numa relação muito mais próxima com o mundo do que com a palavra. Cristo nos adverte sobre a santidade de sua noiva, seu perfil sem mácula e sua maior paixão ao noivo do que aos inteiresseiros e roubar seu coração. Os membros do corpo de Cristo devem ter na igreja a segurança justa de uma lei amorosa que atenta para os erros, espurgas suas purulências e trata o membro para que haja concerto e restauração.



Não podemos ignorar que estes fatores são necessários para o crescimento da fé reformada e para manter o seu perfil diante de um cristianismo de barganha. O credo cristão só foi mantido graças a homens que não abriram mão das verdades bíblicas, que amaram a causa de Cristo. Sejamos mais participativos ativos nesta obra, não deixemos que nosso discurso soberanista nos leve a ignorar nossa participação e responsabilidade nesta obra. Devemos orar e além de orar devemos trabalhar, pois somos poucos trabalhadores na imensa colheta cristã.

terça-feira, 10 de maio de 2011

E dizem que isto é avivamento.







É comum ao abrir os jornais, sites sejam eles evangélicos ou não e se deparar com notícias como: " Crescimento evangélico no Brasil". Ao conversar com parte da liderança evangélica percebo o maior deslumbre com suas igrejas cheias e dizem: "este é um tempo de avivamento". Parece que as marcas deste avivamento nos dias atuais são:


1. Misticismo;

2. Materialismo;

3. Frouxidão Moral;

4. Apelo aos dons de Curar, revelações e etc.



Seria isto marcas de avivamento? A história nos ensina que não. Isto são marcas do inverso ao avivamento, seria um período de frieza espiritual onde os homens andam de um lado para o outro procurando igrejas, mestres e pregadores que agradam suas vontades. Não há nenhum tipo de ação para se moldar a vontade do Senhor. Inclusive em cultos públicos existe uma busca pelo Show, por mega eventos onde homens de renome estejam transmitindo seus discursos eloquentes e suas filosofias mundanas.



As marcas de um verdadeiro avivamento passa por uma sede de Deus, uma busca constante por mais conhecimento sobre o próprio Deus. Em forma evidencial o avivamento é sim um mover do Senhor sobre a sua igreja, trazendo o sedento a um encontro genuíno com Cristo. Nestes dias as coisas estão tão feia que ao ir em um evento cristão em Minas Gerais vi o pior momento do que chamo forçar a barra. Do palco preparado para uma apresentação musical um pastor dizia ter recebido uma nova revelação de Deus e ela chamava-se unção de Manassés ou unção do esquecimento. Ele chamou para frente um jovem com um maço de cigarro e perguntou se ele queria largar o vício e então com a resposta positiva do jovem o pastor (com uma música de filme de terror ao fundo) bradou sete vezes Manassés. Ao abrir os olhos o jovem dizia que não queria mais o cigarro e o povo foi ao delírio (antes de tudo isto ele, o pastor, falou algo no ouvido do jovem que ninguém ouviu, o que será que combinaram heimm?) Meu filho de sete anos me perguntou: Pai isto é de Deus? E eu não tive como fugir da resposta acertiva e direta: Não meu filho.



Olhando para algumas comunidades que estão vivendo o verdadeiro avivamento no mundo, vejo que os pastores, a igreja e a sociedade envolta estão passando por uma transformação total. O evangelho muda as pessoas, muda sua relação com Deus e não o status social de uma pessoa. Os ministros do evangelho quando um avivamento é vivido passam pela experiência de grande temor, pois sabem que todo o mérito é do Senhor e não nosso. "Senhor aviva tua obra...".

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Conhecendo o Deus Verdadeiro.





Nesta análise de Apocalipse 1:4 - 6 quero mostrar a peculiaridade das afirmações Joanina que revelam uma profundidade proposital em cada afirmação feita sobre o nosso Senhor. As igrejas a quem a carta é direcionada tinham algo em comum e milhares de pontos que caracterizam sua busca por uma espiritualidade mais pulsante e pontual somente àquele grupo. No cenário histórico todas elas eram formadas fora de Israel, tinham rompido com as tradições dos cultos aos deuses locais. Isto fazia deste grupo de fiéis uma comunidade de indesejáveis, tanto a romanos e gregos como a Judeus e estes por motivos óbvios. A notícia das boas novas "o reino de Deus vos é chegado" não era por assim dizer uma novidade, pois outros grupos religiosos tinham o mesmo apelo. Mas o que fazia desta mensagem uma ameaça digna perseguições? Havia na notícia Cristã uma peculiaridade desejada pela humanidade, ela apelava para uma salvação onde a fonte não seria as boas obras e nem os favores de deuses excêntricos e sim um ato soberano de um Deus amoroso que convida a humanidade para arrepender-se, sem que isto signifique pagar qualquer coisa nem ao menos passar por uma sentença purificadora.



João nos mostra o caminho para entender um Deus imutável que permanece estável em sua divindade , Ele é o mesmo em todo o tempo. Ele não é como o homem que passa e se modifica com o tempo, o nosso Deus é em seu caráter a certeza plena e invariável de que tudo o revelado em sua palavra é verdadeiro e não passível de mudança. Ele é o soberano dos céus e terra. Seu governo é tão amplo que até mesmo os pecadores desobedientes vivem neste tempo por sua infinita graça. O seu domínio nos céus nunca foi e nunca será alterado. Na Terra seu domínio é real e crescente, a cada dia fica mais próximo o dia que Ele estabelecerá seu trono de forma definitiva, governando com e sobre a sua igreja. Consumando seus decretos. Ele que nos salva por livre graça no seu amor libertador, no seu sangue purificador que nos dá o privilégio de participar ativamente de seu reino. O propósito da nossa salvação não é nos fazer próspero, felizes e ricos, mas servos de Deus. Tudo o que Deus faz revela sua glória.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Crise existencial: Para onde vai o movimento pentecostal.






Os pentecostais ditos históricos tem sofrido para tentar criar uma distinção entre o movimento e as novas vertentes que resultaram do seu reVerificar ortografialativismo no que consiste a autoridade máxima das escrituras e seu ideal de nova revelação como fonte segura para os fiéis. Apesar de tanto esforço porque é tão difícil criar uma diferenciação clara? Dois motivos se destacam; primeiro o movimento tenta não ser excludente com as novas formas de fé, aceitando os discurso mais extremistas somente como forma diferenciada de apresentar a mesma convicção espiritual continuista dos dons espirituais; segundo por aceitar tudo o que cheira a novidade ou revelações ditas com bases bíblicas. Foi assim no seu início e tem sido assim até hoje.



Os pentecostais passam por uma crise para criar uma identidade teológica que seja consistente e academicamente explicável, mas o que dificulta este caminho é o seu nascedouro onde o conhecimento teológico era dispensável a este novo modelo de fé. Para citar algum referencial de credo, confissão de fé e até mesmo uma cabeça pensante que fundamentou o pentecostalismo teremos alguma dificuldade para encontra-lá. O tempo mostra que a teologia entrou pela porta do fundo e nem sempre bem compreendida, os seminários de confissão pentecostais se uniam para formar de forma prática pessoas que baseavam seu chamado em uma revelação "mística", "uma voz", fazia-se teologia unindo retalhos de professores chamados geralmente de igrejas histórias tradicionais e desta forma a colcha de retalho estava para ser unida: um pouco de presbiterianismo, um pouco de batista, uma pitada de metodismo e vua-lá estava em construção a conturbada e confusa teologia pentecostal.



Em meio a toda confusão o liberalismo encontrou campo fértil, seus teólogos começaram a ser empregados em instituições interdenominacionais pois apresentavam uma análise nova sobre a formação do cânon, o que ajudava ainda mais a relativizar a autoridade das escrituras e a colocar no centro da fé o homem. Estava em construção então a religião antropocentrica e que atendia no modelo self-service, sem compromisso com as prerogativas denominacionais, o homem então estava encontrando a religião que ele sempre procurou, onde tudo esta a mesa e basta procurar que em algum lugar existira uma igreja que se amolde ao seu jeito.



Temos então que dizer que diante deste cenário o pentecostalismo está fadado a fragmentação em todas as áreas e seu destino pode estar muito longe de uma fé CRISTÃ e mais próxima a uma fé em si mesmo onde o homem ocupa o primeiro lugar. Enquanto a bíblia nos convida a vir para Cristo pois ele nos amou com amor incomparável; o penteconstalismo convida o homem para uma vida vitoriosa, livre de problemas onde a medida da fé trará sobre você os milagres frutos de sua própria fé. Medite nisto e pense: vale a pena ser antropocentrico ou cristocentrico? seguiremos a religião dos homens ou o chamado irresistível de Deus?

Quando as dores são reais.





Tudo muda quando o discurso da lugar aos verdadeiros momentos de dores. Muitos cristãos são lógicos ao afirmar sua fé condicional em que a vontade de DEUS é o melhor, mas, quando o Senhor toca em algo precioso para nós percebemos quão vazios de plenas convicções nós somos. Há momentos em que as palavras são de todo desespero e aflição, queríamos nos colocar no lugar de outros para que a dor fosse nossa e não deles. Verdade é que a convicção em um DEUS AMOROSO SE PROVA DIANTE DAS LUTAS. É quando as palavras não resolvem (citando um louvor antigo), mas um gesto do amado Jesus demonstra seu amor por nós. Seu sustentar, seu amor leal e incondicional é tão presente que a única queija que não podemos fazer é sobre sua presença protetora, seu cuidado nos alentando nas dores e sua provisão que remove as dores letais e passa sobre nós seu balsamo restaurador.



Nestes momentos provamos de suas palavras: "estareis convosco até o fim...". Ele está conosco, onde e como for. Os braços de Deus estarão sempre estendidos para nos acolher em nossa debilidade. O discurso cristão de amor a Deus prova-se verdadeiro com atitudes de esperar e depositar esperança e fé em seu agir. Para aqueles que são escolhidos de Deus o Espírito Santo passa a nos auxiliar de uma forma tão próxima que sua presença real é mais percebida que a presença de qualquer homem. Não é pelo sentir, nem pelo ver que percebemos tal presença e sim pelas palavras bíblicas e por seu toque confortante em nosso interior. Não é uma questão emocional e sim de um estado como filhos amados de Deus.



Gostaria muito de ver uma geração menos triunfalista, que chorasse suas dores diante de um Cristo ressurreto, mas nunca duvidasse que seu amor nunca oscila, mas permanece o mesmo. Tenho presenciado cristãos indignados com seu estado de saúde, se queijando de sua igreja, de seu pastor e até mesmo de seu Deus. Tudo isto porque lhe ensinaram a bajulação ao invés da verdade de que "no mundo haverá aflições", passar por dores não significa ausência de Deus. Não podemos ter a nossa fé atingida por qualquer coisa deste mundo, não devemos duvidar do Senhor por não conseguirmos viver em plena saúde, Ele não nos prometeu isto. Se algum dia você ouviu algo como "venha para Cristo e pare de sofrer" saiba que estas palavras não são as de Cristo e sim as dos homens que dizem falar em nome de algum Deus que não o Senhor da Glória. A nossa condição como filho de Deus não é alterada por viver com ou sem enfermidade. Este privilégio pode sim ser concedido até mesmo a alguns homens que nem ao menos conhecem seu amor, mas isto não faz deles salvos em Cristo. Confie no Senhor quando as ondas atingirem o barco, confie em Cristo diante das mas noticias, confie em Cristo em todo o tempo.



terça-feira, 26 de abril de 2011

Teologia humanista.






A teologia humanista sempre andou em paralelo com a leitura teológica oficial da igreja, lembre-se que a questão do sentimento parece algo tão forte que muitos descartam a palavra como autoridade oficial e final da fé cristã. Muitos anos depois dos concílios de nicéia e calcedônia percebemos que em linhas gerais a teologia deixou de ser uma ciência que vive da investigação da revelação escrita e passou a ser uma ciência subjetiva, emocional e sem vias de certo ou errado.




Este viver teológico implica em três fundamentos principais: 1. A não existência de normas para a vida eclesiástica; 2. Toda percepção teológica é relativa ao tempo e ao homem sendo então todas as percepções verdadeiras; 3. Não há mais o conceito de salvação como graça imerecida e sim como livre escolha humana. Veja que comparada com os princípios bíblicos estes extremos teológicos compõem uma outra percepção do cristianismo.



Segundo os textos sagrados a revelação progressiva de Deus para o homem encerrou-se na própria palavra. Não há revelações continuadas e sim um momento em que a autoridade da palavra esta acima do meu eu e do meu querer. A teologia passa a ser vazia quando subjetivamos a compreensão da verdade e em busca de um diálogo sincrético abrimos mão dos valores entendidos como certos e passamos a tratar o cristianismo como um fenômeno, proporcionalmente verdadeiro para aqueles que nele crêem, assim como qualquer religião é verdadeira para o grupo onde ela esta inserida.



A grande luta para nós teólogos da palavra é viver como seres pensante em meio a um ambiente acadêmico que desvaloriza, minimiza e ridiculariza o discurso de revelação infálivel. Não se trata de uma guerra religiosa e sim de uma defesa da verdadeira fé cristã. Há uma busca acadêmica para o fim dos dogmas e pela fragmentação do texto sagrado, isto levará o cristianismo a um conceito muito mais social do que religioso. "A religião seria então o fruto da ignorância humana".



Podemos notar que dois passos necessitam ser dados em direção a teologia propriamente dita: 1. Não abrir mão do conceito revelador absoluto de Deus através de sua palavra e 2. Tratar como desvio de percepção acadêmica e religiosa tudo o que leva a diminuição de Cristo como Deus revelado. Sem estes dois conceitos chaves o cristianismo passa a ser simplesmente um rato de laboratório pronto a ser analisado de forma fria e com preceitos contrários a sua essência. Como teólogos devemos viver para a glória de Deus e não para a nossa própria glória.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

OS MARCOS DA FÉ.

Sem fé é impossível agradar a Deus. Hebreus 11:6



Todos os aspectos da fé são determinados pelo Senhor que a constitui como um dom que não depende de nós mas de sua dádiva. Em tempos como o nosso é comum subjetivar e relativizar um conceito tão importante como este e tão claro na palavra. Determinando a fé pela via inversa, fica claro que ela não é: um movimento interior que nos leva somente a vitórias; um querer muito forte movido pela autoridade que temos para conseguir tudo o que queremos; uma arma cristã para determinar segundo a vontade humana o tempo e o momento de tudo. Veja que homens em todos os tempos trataram de fazer da fé um movimento do governo do homem.


A fé entre outras definições é a capacidade de aceitar a vontade do Senhor, aceitar seu tempo e ser governado por todas as suas diretrizes para todas as áreas de nossa vida. Homens de fé são aqueles que dizem: sou barro em tuas mãos, faz o que agrada teu querer. A fé na linguagem de Paulo é um dos três elementos que continuarão a existir para a vida plena da igreja, pois está constitui a credulidade que transforma o homem em uma imagem divina e não a semelhança do pecado.


Os poderes da fé em uma linguagem cessacionista é crer que o Senhor pode manifestar seus milagres, suas transformações não somente no físico, mas também no coração onde mora a verdadeira enfermidade do homem. A fé distinguira a igreja de Cristo da bestialidade da religiosidade que profana o nome de Deus indo atrás de curandeirismo barato promovido por pregadores sensacionalistas que movem em seu próprio nome o "sobrenatural". Somos crédulos que o Senhor nos concede a medida da fé que necessitamos para viver para a Sua Glória. Os sinais ditos miraculosos ou expressões de fé tem tomado o lugar da pregação da palavra, do Senhor que pode determinar uma enfermidade, um sofrimento e uma escassez para mostrar que a Fé em Deus deve ser inabalável, pois somos sustentados independente dos fatos.



domingo, 6 de março de 2011

A QUESTÃO DA LICITUDE.

Em seu discurso a igreja de corinto (I Co. 10:21 - 11:1) o apóstolo Paulo trata da licitude ligada a pratica da consagração dos alimentos, pois ele entendia o conceito do que é licito, ou seja: admissível e permissível. Não havia algo condenatório explicido ou implicito na lei de moisés e nem na prática religiosa comum tanto dos judeus como dos cristãos. O conceito da teologia paulina esta ligado ao amor cristão. A estrutura do pensamento neste texto passa pela seguinte ordem: 1 - A licitude - comer algo que foi criado por Deus não é condenatório; 2- O proveito próprio - Paulo convida a igreja a refletir na busca pelo bem de outrem como modelo comparado ao do próprio Cristo, e 3 - A Consciência - onde ele nos ordena a comer de tudo sem perguntar pois tudo é de Deus. A unica restrição seria a consciência de outro para não provocar escândalo e se possível ganhar alguns para Cristo, Paulo está falando de um evangelho de abnegação. O limite de algumas obras licitas é o amor ao próximo.

O culto a Afrodite, algo típico de corinto era uma afronta ao Deus criador, pois mudava os valores cristãos de auto-abnegação para a busca pelo prazer nas relações sexuais com as prostitutas cultuais. Não havia algo mais escandaloso que o culto a Afrodite. Paulo está recomendando o inverso a cultura cristã na cidade de corinto, pois o amor de Cristo nos faz abrir mão de direitos próprios em benefício de toda a comunidade. Não devemos bater o pé e clamar por direitos, quando estes ferem o entendimento de outro. O evangelho é diferente dos outros fenômenos religiosos não somente pelo respeito a própria consciência, mas também por ser amplo e respeitar o entendimento do outro.

A sociedade cristã do século XXI parece ter esquecido dos princípios da licitude, vocam para si o direito de tudo em nome de um serviço a Deus, e o direito constituido pela sua paternidade que da direito sobre tudo, principalmente aos bens materiais. O consumismo Cristão não encontra no outro, na vida do próximo, no direito de alguém, nenhum freio para sua obra materialista. Como uma comunidade dos que creem piedosamente no evangelho devemos reverter este sentido tão bárbaro que se tornou comum na Igreja, buscar de volta os valores da licitude limitada, do direito de outrem e dos valores da consciência. Nem tudo o que é legal, ou omisso dentro de um quadro de lei é permitido em todos os lugares e para com todas as pessoas.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Para onde iremos?

As palavras ditas por Pedro a Cristo em João 6:68 nos faz olhar para a Igreja na sua prática atual e lamentar que muitos estão a busca de um "outro evangelho" que agrade os seus ouvidos, construindo para si bezerros de ouro para serem adorados e venerados. O evangelho na sua essência é Cristocentrico e não antropocêntrico, mas este é um mal não tão moderno assim, pois esta inovação de pensamento que tira o sagrado de lado e ve a humanidade como fruto de suas próprias construções e não de um plano soberano de Deus, remonta ao século XIV (lógico que veremos lampejos deste tipo de pensamento, anterior a esta data). A "igreja" que se afasta de Cristo perde o centro da vida e deixa de ser Igreja. Passando a ser um conglomerado de vidas perdidas que sem noção de arrependimento e cruz, buscam qualquer forma de culto que lhes agrade, fornecendo momentos de descontração e alegria, mas, sem salvação.

Neste meio de igrejas antropocêntricas se encontra a verdadeira igreja de Cristo que volta e meia é chamada de radical, acusada de biblicismo e de mentes fechadas. Sabedores que nosso chamado tem haver com prestar a Deus um culto que lhe agrade, não estruturamos nossa liturgia no acaso do nosso tempo e sim em parâmetros da palavra. Criar algo novo, transformar o culto em diversão não é prestar culto a Deus é prestar culto ao homem. A palavra deve ser a unica fonte de revelação da igreja, dar visão a pseudo ministérios que se dizem portadores de novas revelações é ignorar a ação completa e plena da palavra para toda a vida do homem.

Tenho convivido com "ministros" de diversos ministérios e tenho observado a sede pelo sucesso ministerial baseado no tamanho e nas finanças de suas igrejas, tornando tais homens obcecado por qualquer modelo que apresente algo como um macarrão instantâneo, que não necessite de entrega e sim de modelos baseados em novas revelações. Obcecados por dinheiro e crescimento a igreja tem ignorado o agir do Espírito que da o crescimento, fazendo para si mesmo modelos com ações desastrosas, supersticiosas e etc. Não devemos esquecer que a seara não é nossa, que a colheita não acontece ao nosso tempo, que o agir de convencimento é algo divino e não humano. Parece tão simples, mas, muitos tem perdido a essência do Cristianismo.

Líderes, religiosos e conversos tem caminhado em direção contrária aos valores divinos. Posturas radicalmente bíblicas são menos empolgantes que louvores estridentes e cheios de símbolos transitórios, o jogo da religiosidade transformou os templos em lugar de neurose coletiva. Pouco há de evangelho no "evangelho" proclamado para atrair multidões. Encontro em Cristo o verdadeiro discurso que atraiu a multidão, mas, eles estavam com razões incorretas para segui-lo, e Cristo então os desafia a mudar as razões de sua peregrinação e este discurso que confronta trouxe abandono, pois não agradou o senso coletivo. Que a igreja de Cristo permaneça neste caminho, atraindo a todos e expondo a todos as verdades do evangelho, pois se alguém se perder por causa das verdades é por não ter parte com Cristo.