sexta-feira, 24 de junho de 2011

Dilemas pastorais de nosso tempo.

Na expectativa de um ministério frutífero muitos ministros tem apoiado a lei do "vale tudo para atrair pessoas", outros adotam posturas muito similares as religiões afros, com invocações, amarrações, descarregos e coisas do gênero. A multidão ao redor formada por pessoas crédulas em homens e com alguma sede de mudança espiritual encontram nestes ministros respostas práticas para a suas angústias, sofrimentos e lamentações. O maior equivoco entretanto mora na forma estrutural deste fenômeno religioso, pois a sua base está o próprio homem e não Cristo. De outro lado encontra-se ministros também preocupados com seus ministérios, mas que não abrem mão da vontade de Deus, sacrificam suas vidas, suas vontades e desejos para realizar em obediência a missão para a qual foram chamados. Estes lutam por uma estrutura onde o centro da história é a graça de Deus na história da redenção.






O que fazer nestes tempos? Trocar os valores bíblicos por resultados imediatos? Tomar o caminho de ignorar os resultados e apoiar o seu possível insucesso culpando as pessoas? Bom, o dilema esta diante de nossos olhos, reflitamos em quatro pontos que o Senhor Jesus apontou sobre a nossa tarefa pastoral. O primeiro momento está ligado aos elementos essenciais no inicio da jornada ministerial, quando colocamos os valores certos e seguimos na direção da verdade que liberta, mostramos ao mundo que a resposta não somos nós e sim o Senhor que pregramos. A mensagem então não é venham a mim e sim Venham a Cristo.




O segundo momento é como brincar de montar os trilhos do velho ferrorama, devemos colocar as escrituras diante de nossos olhos e olhar para o Senhor nela revelado, para o seu ministério entre os homens. Cristo foi o espelho do que nós como seus servos devemos ser. Muitas vezes olhamos mais para as nossas habilidades adquiridas junto ao mundo acadêmicos do que para as mãos benevolentes de nosso Senhor. Não devemos ignorar que ambas são necessárias, mas não adiante ser um intelectual sem compromisso com o Senhor da ceifa. O terceiro momento eu o chamaria de ministério das pequenas coisas, é como construir olhando para os detalhes, valorizando desde a fundação até o acabamento. Na prática pastoral chamamos este momento visão global. Pastorear é olhar para a direção na qual a igreja deve ir e não simplesmente andar nas ondas agitadas na direção que a sorte lançar, é dirigir a congregação para seu encontro final com o Redentor. O quarto momento é aceitar que o Senhor pode mudar as gerações dos homens, pode mudar os pensamentos dos homens mas não pode mudar a sua palavra pois segundo Ele mesmo determinou, Ela dura para sempre (permanece). Ele que pode todas as coisas nos dá a segurança que as suas verdades não mudaram.




E é neste sentido que devemos pensar a igreja, ela deve ser na forma que permanece, e esta forma não é a criatividade pastoral que fará ser e sim a palavra revelada. Não podemos inserir no evangelho aquilo que Cristo deixou de fora. Produzir frutos nunca deve ser uma escolha em detrimento a mensagem integral de reconciliação, redenção e esperança para o homem perdido. Quanto mais olharmos para o alto, acertaremos no objetivo de entregar a Cristo muitos frutos digno de ser chamado igreja. A igreja reformada nunca deve reformar as verdades reveladas nem alterar a simplicidade do evangelho, ela deve permanecer assim como o Senhor a deixou. Busquemos multiplicar vidas sabendo que nesta obra o Espírito Santo coopera conosco operando no coração para que a salvação seja manifesta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário