quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A ESTRUTURA MUSICAL E SEU USO NA ADORAÇÃO. Parte I.



A música é uma ótima ferramenta para uso no culto cristão, principalmente pelos seus referenciais bíblicos e suas sintonias entre o que se canta e o que se crê. Não devemos sacralizar a música e imaginar que o seu uso é somente para o templo. A boa música deve ser socialmente ouvida, compartilhada e admirada. Já no culto cristão optamos por músicas que possuem características como:
1. Proclamar a grandeza de Deus.
2. Anunciar a insuficiência do homem e a exaltação ao Senhor.
3. Conduzir o ouvinte a cantar e a participar de forma ativa desta exaltação.
4. Cantar para reflexão, alegria, introspecção entre outros sentimentos que a música possa colaborar em conjunto com a palavra.

Deixamos de fora do culto as músicas que:
1. Expressam centralidade antropocêntrica.
2. Aquelas que possuem conteúdo com erros teológicos, erros de estruturas em suas partes e que por si só não são dignas de ser apresentadas a Deus e a congregação.

Escolhemos as músicas para o momento de culto que estejam de acordo com o que será ministrado e com a liturgia que a seguirá. Neste sentido os músicos devem possuir uma intimidade maior com a palavra, para que possam claramente conduzir a igreja de uma forma coerente. Já os pregadores devem deixar de lado o ministério de última hora (pregação de última hora, cânticos somente para preencher espaços e etc) e envolver-se na estrutura do culto e não somente na estrutura de seu sermão. Pergunte-se como pastor: Quantas vezes eu tenho questionado os músicos sobre as músicas que será ministradas? Tenho sugerido alterações nas sequências e até mesmo sugerido mudanças dos louvores? Sentar-se com os músicos para analisar as letras que possuem conflito com a confissão denominacional é uma boa sugestão.

Nossa congregação não pode ser reduto da curva do rio, onde qualquer tranqueira encontra espaço. Temos espaço e programação para tudo: Oração, Estudos, Cultos públicos de Evangelismo e uma diversidade de formas cultuais e estratégias contemporâneas  Mas, quanto tempo temos gasto pensando na música cantada na igreja? Veja, que ela está presente em todas as programações. O seu tempo é quase o mesmo, senão maior que o da palavra. E que tempo temos pensado sobre sua qualidade, suas perspectivas futuras e assim por diante? Nossa música tem sofrido com o descaso de acompanhamento, cantamos para aliviar a tensão e não cantamos para entregar a Deus um culto racional.

O uso da Razão é fundamental para o músico, tanto quanto o estudo e o conhecimento de Deus. Músicos comprometidos com o que é correto utilizará formas corretas para alcançar objetivos corretos. Enquanto músicos comprometidos com o seu ego estão mais preocupado com a sua própria imagem, em criar ministérios que mostrem sua imagem, seu nome. A diferença básica é que um esta no caminho da edificação do corpo de Cristo e o outro na edificação de "Si" mesmo, de seu próprio reino.