segunda-feira, 27 de junho de 2011

Onde está a igreja sem mácula?



Gostaria de abordar esta questão com foco na Igreja local. Diante da crise ministerial e de santidade o povo que frequenta a igreja não encontra nos púlpitos e nem no gabinete o apoio para uma vida cristã saudável. Parece que o tempo mudou os interesses de ministros, onde antes havia uma cobrança pessoal pelo testemunho cristão de cada crente, agora da lugar para o mundanismo. Diante das referências bíblicas como o salmo 1 que ordena o não se assentar na roda dos escarnecedores; os programas geralmente globais que atacam os princípios cristãos com valores permissivos, fazem o favor de por dentro do lar de cristãos comportamentos não aceitos a luz da palavra. O que geralmente presenciamos no acompanhamento pastoral são crentes idolatras, adúlteros, fornicadores, corruptos, desonestos, fraudulentos, vingativos e crédulo em um Deus que os serve em suas necessidades materialista.


Em I Tessalonicenses 4:7 o apóstolo Paulo adverte a igreja dizendo: "porque Deus não nos chamou para a impureza..." a igreja não pode deixar a impureza que é fruto das paixões carnais tomar conta da congregação. Só existe um caminho para tornar a igreja sem mácula, é o que está em Josué 3:5 "...Santifiquem-se, pois amanhã o Senhor fará maravilhas entre vocês." A santidade e a vida em novidade de vida é o único caminho para se manter fora do domínio do pecado. Algumas peculiaridades da santidade nos da condições maiores para lidar com as tentações e assim evitar a queda.


1. A santidade nos faz caminhar em vida congregacional constante e estável - todo aquele que nasce de novo não tem uma visão sobre o templo como centro da sua vida cristã, mas não o despreza como elemento edificante e importante na sua relação com outros cristãos e com as autoridades espirituais que forão por Deus estabelecidas.


2. Uma vida santa sempre é acompanhada de leitura devocional da palavra - João 1:17 "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade"; os nutrientes essenciais para o desenvolvimento espiritual do crente procede da palavra revelada. Quanto mais nos dedicamos a sua leitura, melhor entendemos a vontade de Deus e as formas de viver que agrada seu coração. Somos mais advertidos sobre as nossas práticas e mudamos por entender que sua palavra é verdadeira luz para o nosso caminhar.


3. A santidade provoca em nós uma vigilância muito maior com o nosso viver diário -não somos mais reflexos do ditado popular que afirma: "a situação faz o ladrão", somos convidados a ter a mesma prática de José que deixou a sua roupa e fugiu da tentação, levou o peso de ser condenado por ter feito a coisa certa, pois o seu senhor acreditou mais em sua mulher. José é um exemplo de como nós homens devemos lidar com as mais duras tentações e provações da vida.


4. Oramos e jejuamos com maior intensidade quando estamos em busca de vida espiritual que procede do alto.




No comportamento atual vejo algo muito próximo a apostasia do cristianismo e o surgimento de outro fenomeno chamado de plágio religioso. Neste momento surge algo muito similar a verdade, muito agradável as paixões carnais do homem. O pecado é afagado, os líderes conhecem tal prática e não se da ao trabalho de trata-lá de forma bíblica. Não seja assim conosco, cf. o salmo 14 líderes e o povo estavam em meio a corrupção, mas Deus os convoca a uma mudança de direção. A igreja de Cristo não pode ter medo de tratar o pecado e o pecador, a omissão enfraquece a congregação e os líderes. Espiritualmente somos medíocres e não amamos a Deus a que preço for. Não se acovarde diante do poder humano, diante de ameaça dos pecadores, não fique com medo de perder um membro da igreja. Fique feliz por estar em obediência ao Senhor que o chamou, trate o povo de Deus como ovelhas que necessitam ser defendidas dos lobos e dos ladrões.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Dilemas pastorais de nosso tempo.

Na expectativa de um ministério frutífero muitos ministros tem apoiado a lei do "vale tudo para atrair pessoas", outros adotam posturas muito similares as religiões afros, com invocações, amarrações, descarregos e coisas do gênero. A multidão ao redor formada por pessoas crédulas em homens e com alguma sede de mudança espiritual encontram nestes ministros respostas práticas para a suas angústias, sofrimentos e lamentações. O maior equivoco entretanto mora na forma estrutural deste fenômeno religioso, pois a sua base está o próprio homem e não Cristo. De outro lado encontra-se ministros também preocupados com seus ministérios, mas que não abrem mão da vontade de Deus, sacrificam suas vidas, suas vontades e desejos para realizar em obediência a missão para a qual foram chamados. Estes lutam por uma estrutura onde o centro da história é a graça de Deus na história da redenção.






O que fazer nestes tempos? Trocar os valores bíblicos por resultados imediatos? Tomar o caminho de ignorar os resultados e apoiar o seu possível insucesso culpando as pessoas? Bom, o dilema esta diante de nossos olhos, reflitamos em quatro pontos que o Senhor Jesus apontou sobre a nossa tarefa pastoral. O primeiro momento está ligado aos elementos essenciais no inicio da jornada ministerial, quando colocamos os valores certos e seguimos na direção da verdade que liberta, mostramos ao mundo que a resposta não somos nós e sim o Senhor que pregramos. A mensagem então não é venham a mim e sim Venham a Cristo.




O segundo momento é como brincar de montar os trilhos do velho ferrorama, devemos colocar as escrituras diante de nossos olhos e olhar para o Senhor nela revelado, para o seu ministério entre os homens. Cristo foi o espelho do que nós como seus servos devemos ser. Muitas vezes olhamos mais para as nossas habilidades adquiridas junto ao mundo acadêmicos do que para as mãos benevolentes de nosso Senhor. Não devemos ignorar que ambas são necessárias, mas não adiante ser um intelectual sem compromisso com o Senhor da ceifa. O terceiro momento eu o chamaria de ministério das pequenas coisas, é como construir olhando para os detalhes, valorizando desde a fundação até o acabamento. Na prática pastoral chamamos este momento visão global. Pastorear é olhar para a direção na qual a igreja deve ir e não simplesmente andar nas ondas agitadas na direção que a sorte lançar, é dirigir a congregação para seu encontro final com o Redentor. O quarto momento é aceitar que o Senhor pode mudar as gerações dos homens, pode mudar os pensamentos dos homens mas não pode mudar a sua palavra pois segundo Ele mesmo determinou, Ela dura para sempre (permanece). Ele que pode todas as coisas nos dá a segurança que as suas verdades não mudaram.




E é neste sentido que devemos pensar a igreja, ela deve ser na forma que permanece, e esta forma não é a criatividade pastoral que fará ser e sim a palavra revelada. Não podemos inserir no evangelho aquilo que Cristo deixou de fora. Produzir frutos nunca deve ser uma escolha em detrimento a mensagem integral de reconciliação, redenção e esperança para o homem perdido. Quanto mais olharmos para o alto, acertaremos no objetivo de entregar a Cristo muitos frutos digno de ser chamado igreja. A igreja reformada nunca deve reformar as verdades reveladas nem alterar a simplicidade do evangelho, ela deve permanecer assim como o Senhor a deixou. Busquemos multiplicar vidas sabendo que nesta obra o Espírito Santo coopera conosco operando no coração para que a salvação seja manifesta.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Perspectiva do Culto Cristão.


Entre os últimos trinta anos passados vimos no Brasil um fenômeno religioso aplicado a liturgia cristã que não mais é guiada pela palavra e sim movida a gosto popular. Comumente os cultos ganharam mais espaço para a música e menos espaço para a palavra, estas músicas que foram inseridas na hinódia cristã nada mais é que fruto do desvio doutrinário, de uma leitura cega do antigo testamento e tem o simples intuito de provocar euforia, empolgação e quem sabe alguma emoção "espiritual". As programações do culto deixaram de ser feitas em nome da liberdade do Espírito Santo, pois a organização segundo eles é algo frio. É rara as vezes que chegamos a um culto e somos abordados com um jornal semanal onde entre outras coisas, esta lá o esboço do sermão a ser pregado. A desestrutura liturgica do culto não é um privilégio dos movimentos mais recentes pois entre as igreja históricas o fenômeno se repete.



Convido você a pensar o culto cristão nas três dimensões que ele envolve e estas três dimensões em uma ordem bíblica:



1. Culto a Deus (teocêntrico) - o culto não é para o homem, a programação não deve ser antropocêntrica. Olhar para o culto como parte fundamental da minha adoração pode fazer toda a diferença na hora de realizar e organizar a liturgia. A pergunta que aqui se cabe é: Para quem é o culto? A quem ele é ofertado? Se a resposta é a Deus então devemos buscar formas que o próprio Deus se agrade para adorá-lo. A busca não pode ser nos elementos pulsantes do meu coração, nem na minha instabilidade emocional e sim na palavra que é o segundo ponto.



2. Culto estruturado na palavra - A palavra como revelação de Deus traz informações essenciais para a liturgia pois nela temos o modelo histórico dos primeiros momentos da adoração no templo de Israel (culto transitório) e em segundo momento o fim deste modelo para a implementação do modelo cristão conforme Hebreus demonstra. Quando não entendemos as etapas do culto cristão começamos a trazer modelos que são estranhos a nossa confissão de fé. Um culto não deve ser atual nem retrogada, tem que ser bíblico.



3. Culto prestado por verdadeiro adoradores - Deus é adorado por pessoas que confessam seu senhorio e buscam uma vida de intimidade com Ele. Não existe adoração carnal ofertada a Deus pois ela constitui elementos que o Senhor rejeita pois não se baseia na fé e na santidade. O verdadeiro adorador participa do culto de forma ativa e contemplativa, a igreja necessita de membros participativos para os momentos onde individualmente ofertamos a Deus nossos dons, talentos e vocação. Devemos responder aos apelos da palavra com um coração quebrantado e não simplemeste com emoções vazias que não causam mudança, pois a maior mudança passa por uma forma diferente de pensar pois crer é pensar.


Ofereçamos um culto onde verdadeiramente Cristo seja o centro, não podemos inverter a prioridade dos nossos cultos. Amar as pessoas, pregar o evangelho, fazer programações evangelisticas e outros, deve ser uma faceta da nossa obediencia ao comissionar de Cristo. Trabalhar na obra cristã ou dela participar é uma honra. O culto cristão deve ser vivo pois Cristo vivo esta e anelantemente devemos esperar o dia de sua vinda para buscar seu povo, para a vida plena em seu reino. Se amamos cultuar a Deus, amaremos a eternidade como ato de adoração contínua. Adore, celebre, glorifique e utilize toda a força que há em ti para o louvor a Deus.