sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

RESERVANDO-SE O DIREITO DE FICAR CALADO.

Diante da majestosa glória de Deus, quem somos nós para discutir com o oleiro? Para questionar a sua escolha soberana por coisas loucas do mundo? A profundidade e a riqueza do Seu Ser nos leva a ficar grato e a agradecer por tamanho amor e missericórdia que nos alcançou. Muitos "crentes", creêm em si e na sua independência a ação divina, não conseguindo dizer um só momento, na mais profunda sinceridade, seja feita a sua vontade. Preferem questionar o propósito das escolhas de Deus ao invés de se submeter ao seu querer.

Não é de se admirar que os homens preferem o discurso eloquente que aponta para a falta de fé humana quando um milagre não é alcançado, quando a prosperidade financeira não chega. Mas, nós que fomos removidos das trevas para a luz, só podemos agradecer e pedir que Deus opere em nós os seus ricos propósitos, pois os seus planos e caminhos são mais elevados. Eu posso não entender um momento, mas, Deus entende e sabe a razão para todas as coisas.

Na permissão de ficar calado diante da majestade de Deus, do assombro de seu poder. Não ousemos discutir o que Ele decretou e determinou para nós o seu povo. Eu me admiro ao ver ou ouvir pessoas determinando o que Deus deve ou não fazer, para retórica discursiva sem propósito e sem conhecimento, porque não dizer: sem reverência. Quando tomamos dimensão de quem é que estamos falando, ou diante de quem estamos, os nossos lábios deveriam é ficar trémulos, os nossos joelhos bambos e a nossa força se esgotar. Deus não é marionete na mão de crentes com palavras mágicas (RHEMA), com novas visões, pois estes criaram para si outro deus, um deus fraco e sem propósito pessoal, que muda sua vontade pelo simples fato de os homens não aceitarem.

Vivemos em um cristianismo que celebra a humanidade e não conhece mais a Deus e sua vontade. Diferente de F. Nietzsche que defendia a teoria de que Deus morreu, parece que a sociedade "Cristã" moderna, descobriu a existência sem o domínio de Deus. A religião se torna então a Deusa Humanista, no santuário contemporâneo o Deus cristão passa a ser mais um ídolo no bojo de credulidade que nos interessa. A religião então é individual e uma busca de felicidade, passeia-se então de um lado para o outro em busca de realização religiosa e não de entrega ao Senhor.

Estamos vivendo a era em que homens estão cometendo o mesmo pecado de Mica, contratando um sacerdote pessoal e montando um santuário pessoal. Não existe esperança e nem salvação, muito menos temor e tremor diante de um deus caseiro, que eu construo hoje e o destruo amanhã. Que ao nascer de um novo dia sejamos como Gideão, destruidores de santuários pessoais e obedientes ao Deus que nos revela o seu querer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário