segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Réu Confesso.

Lembro-me de muitas vezes escutar este termo aplicado ao judiciário, é de poucas vezes ouvi-lo da boca dos crentes. Nós que fomos resgatados por Cristo podemos sim admitir que somos réus e acima de tudo culpado. Nosso acusador não necessitaria de muita inteligência para se opor a nós e juntando as provas que nós mesmo produzimos pedir a nossa condenação diante do tribunal de Deus.

A diferença do tribunal humano, no tribunal de Deus Ele nos concedeu amor absoluto, os nossos pecados não farão maior que sua graça e nem a dureza do nosso coração mais forte que o agir de seu Santo Espírito. Tudo porque no seu conselho eterno Ele nos amou sem que nós ainda tivéssemos vindo a existência e nos chamou das trevas das nossas obras para a sua gloriosa luz. Este ato de Deus não podia passar sem uma sentença condenatória para o resgate de todos os que Ele amou, ousando mostrar a maior expressão de amor que o mundo já viu, o juiz enviou o seu próprio Filho para representar cada um de nós, e em uma condenação substitutiva, morrer em nosso lugar, e de forma expiatória nos remir de toda a impureza. Cristo foi o agente de nosso resgate, pagou a pena, sofreu o peso do pecado que Ele não tinha, tudo porque nos amou.

Nós então mediante este amor não podemos nos esconder como inocentes, existe uma grande diferença entre Ele, o Cristo que é e era inocente, e nós, que somos culpados desde o dia que nascemos. Somos pecadores, nosso pensar é impuro, nossas demonstrações de amor são cheias de interesses e etc... Muitos crentes gostam de exigir de Deus o seu direito: "eu quero de volta o que é meu", mas como podemos pedir a morte se Ele nos deu vida? Com muita certeza estas pessoas nunca conheceram o Senhor verdadeiramente, pois diante de sua santidade um homem tão especial como Isaías deve medo de ser consumido. Temor e tremor deve encher o nosso coração todas as vezes que nos lembrarmos quem somos e quem Deus é.

A diferença é que na relação monergista nós não podemos nos auto-absolver, diferente dos cinergistas que são salvos mediante sua própria força e vontade, os que confessam o Deus soberano são salvos pela graça mediadora e resgatados pelo seu braço forte e transformados pela santidade que Ele nos comunica diante de uma nova vida dirigida pelo Espírito Santo. Ele nos justificou quem nos condenará? Nem nós mesmo podemos mudar isto, somos D'Ele e seremos D'Ele e isto não se passa com o tempo, o Senhor não é dado a volúpia de mudar seu chamado diante do pecado e sim de nos corrigir quando erramos, filhos são corrigidos quando erram e não jogados para fora de casa, não somos condenados a morte espiritual quando pecamos e salvo quando nos corrigimos. Salvos pecam e nem por isto deixam de ser salvo, a diferença está que o salvo se arrepende por ser salvo em Cristo, é consequencia do trabalhar de Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário