quarta-feira, 24 de março de 2010

Transito religioso uma realidade de nosso tempo.

O ser humano em sua ética personalista atribui valor a tudo e conceitua a religiosidade a partir de si mesmo e não como algo sobre a sua realidade. Constantemente as pessoas trocam de religião como trocam de roupas. A algum tempo víamos a conversão de pessoas para a realidade cristã, mas, com o surgimento dos movimentos carismáticos esta ênfase passa a ter novo significado, as pessoas não mais fazem decisões pensadas e depois passam a firmar sua fé na palavra. Elas chegam neste cenário onde o culto é feito para ela, a partir dela, sendo então o centro do culto o homem e não Deus.

Modernamente o carisma invadiu movimentos antes fechado para tais modismos e renovações e nesta realidade alguns tem saído de suas igrejas ditas evangélicas para aderir o movimento da renovação carismática católica romana, outros que já experimentaram o ópio da fenomenologia humanista agora trocam de religião, se convertendo ao budismo, islamismo e é assim que se manifesta a busca desenfreada do homem consigo mesmo.

Alguns perguntam: porque isto acontece? Parece que a resposta tem três vias centrais, a primeira é a superficialidade da fé contemporânea que é humana e não divina, a segunda está perto da denominada apostasia e a terceira é a crendice e o fenômeno pluralista que permeia a alma humana nos dias de hoje. Não há compromisso genuíno com a fé familiar ou com o encontro pessoal, aquilo que denominamos como experiência.

O transito religioso alimenta-se da busca por algo novo. Neste sentido o cristianismo se esgota na palavra de Deus, enquanto outras religiões passam a se inovar a cada dia. Para isto cristãos tentam transformar a igreja em teatro, em clubes de dança, pista de skate, lugar para show, focam a mensagem no estilo vença sempre e sem nenhum compromisso. Em minha opinião o cristianismo vai provar de um acentuar deste transito, alguns vão se converter do cristianismo para o espiritismo, do cristianismo para o islamismo, do cristianismo para os testemunhas de jeová e etc... Isto não é revelação e sim percepção, onde não há cruz, compromisso e disciplina, não existe vida.

2 comentários:

  1. quando se fala em culto para as pessoas, me lembro de um dos topicos de "uma igreja com propósito" Rick Waren. Culto para "não-crentes" esse caso tambem entra entre os cultos voltados para as pessoas? mesmo que a enfase é evangelização?

    As igrejas que pregam a verdade e vivem a adoração tem força para vencer esse cristianismo pós-modernista?

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  2. HkBlog. Rick Waren cita o exemplo de programações e como estas podem ser catalizadores de pessoas, mas não de culto voltado para pessoas, o culto sempre é vertical. Ainda que na dimensão horizontal o culto seja uma reunião de crentes para a glória de Deus. As programações evangelisticas tambem devem seguir este padrão, culto a Deus, mensagem da cruz, arrependimento e restauração.Tudo para a Glória de Deus. As igrejas que genuinamente tem pregado a palavra sofrerão ainda mais com estes ataques, pois para dentro delas vira pessoas que estão procurando o que eles encontram na mídia e possivelmente não encontrarão e taxarão a igreja de estranha, fria, sem vida e tudo mais que não esteja dentro dos padrões libertários. Estas igrejas combatentes da fé cristã que não entraram no evangelicalismoa, devem manter a postura bíblica mesmo diante dos ditames antropológicos e filosóficos da contemporaneidade. Não traremos para os nossos púlpitos as corrupções do agrado geral e sim o do agrado de Deus. Para ver o modelo desta igreja dentro de um referencial correto gostaria de citar a coragem do pastor David Wilkerson ao combater as besteiras ditas pelo Benny Hinn...

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