quinta-feira, 15 de abril de 2010

Há Algumas pedras no caminho, e quem sabe até uma pedreira...

“No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra”. Carlos D. de Andrade.

A vida cristã não deve ser medida fora das escrituras e sim unicamente por ela, mas, o poema supra citado é tão inevitável para reforçar o assunto que resolvi utiliza-lo em toda a sua complexidade dialética. Para o discípulo de Cristo a vida não mais tem valor fora das marcas que o identificam com o seu Senhor, o exemplo destas marcas estão bem expressos no sermão do monte, na relação de bem-aventurados. "As marcas da promessas" tão celebrada em louvores, para o discípulo não passa de marcas reais que ele traz em todo o seu ser (corpo e espírito).

Existe um discurso estimulador a fuga dos problemas, prometendo que com o evangelho "paramos de sofrer" (emblema do discurso da IURD). Não é assim para todos os que tiveram um encontro real, mudando assim os seus valores e sepultando o seu Eu em um túmulo sem volta para que se diminua a cada dia o próprio ego e que Cristo seja engrandecido. Há pedras e muitas pedras que não serão removidas tão facilmente e outras não serão removidas de forma alguma, pois o propósito do Senhor é que elas estejam lá, para cumprir um propósito divino.

Em nossos dias a culpa recai sempre em quem tem estes problemas, sofrendo a acusação de falta de fé, mas, não é assim que as escrituras tratam a nossa luta, momentânea. Pela palavra existe um gloriar nas tribulações que só aprendemos quando olhamos para a razão da nossa vocação. Nossa vida entregue ao Senhor, não nos pertence mais, agora reconhecidamente ela serve aquele que a Criou, a sustentou e a manterá viva para testemunhar não só vitórias como também as lutas em que não compartilhamos de vitórias e sim de algemas e açoites.

As tuas algemas testificam a sua postura irredutível diante dos problemas temporais, que não há de se render a nenhuma ameaça, ainda que custe a sua própria vida. Os açoites intimidadores, não lhe servem de pavor, pois a ordem do mestre pulsa bem mais que as dores da surra. Servimos um Cristo que chamou cada discípulo para uma missão especial, especialmente somos chamados a sofrer por amor a Ele, não nos envergonhando de nossa vocação.

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